Como determinar a Transição Vítrea (Tg) de um material?
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A Técnica de DSC é capaz de fornecer a faixa de temperatura onde essa transição ocorre. Mas é o ensaio DMTA que determina com maior exatidão esse parâmetro tão importante.
Determinar a temperatura onde ocorre a Transição Vítrea (Tg) de um material é extremamente importante para o processo de seleção de materiais, bem como para que se compreenda seu comportamento e propriedades desempenhadas nas aplicações.
(Você sabe o que é a Transição Vítrea? Nós já escrevemos um texto sobre isso! Confira já: https://afinkopolimeros.com.br/temperatura-de-transicao-vitrea-tg/)
Quais ensaios utilizar para determinar a Tg?
Os dois ensaios capazes de determinar em qual temperatura ocorre a Tg são a Calorimetria Diferencial Exploratória (DSC) e a Análise Térmica Dinâmico-Mecânica (DMTA). Essas Análises partem de princípios físicos diferentes para realizar a medida.
Calorimetria Diferencial Exploratória (DSC)
A técnica DSC consiste em submeter a amostra a uma varredura em uma faixa de temperatura definida e, através das variações de entalpia pode-se determinar algumas transições térmicas. Essas transições podem ser divididas em dois grupos: transições de primeira ordem e transições de segunda ordem, onde a Tg se enquadra dentro desse segundo grupo. Esta técnica apresenta como vantagem a facilidade na preparação da amostra e rapidez na realização do ensaio.
(Nós já escrevemos um texto aqui no blog sobre o ensaio DSC. Veja agora: https://afinkopolimeros.com.br/dsc-o-que-e-e-para-que-serve/).
Ao se realizar um ensaio utilizando a técnica DSC, se obtém como resultado um gráfico que relaciona o fluxo de calor em cada faixa de temperatura, durante a varredura. A Tg é caracterizada, graficamente, por uma queda na linha de base existente no gráfico do ensaio DSC. Essa queda característica indica a faixa de temperatura onde a estrutura das regiões amorfas adquirem mobilidade, ou seja, onde ocorre a Transição Vítrea.
Análise Térmica Dinâmico-Mecânica (DMTA)
Já a análise DMTA, submete a amostra à uma deformação oscilatória (senoidal, na maioria das vezes), que pode ser de tração, flexão, torção e cisalhamento. Durante o movimento, o equipamento analisa a resposta mecânica da amostra enquanto ocorre uma varredura em uma faixa de temperatura definida.
O polímero pode responder essas deformações de duas maneiras: através de uma resposta elástica, onde ele recupera a sua forma ou através de uma resposta viscosa onde a energia mecânica é dispersada, evitando sua quebra.
Dois parâmetros são utilizados para essas medidas:
- Módulo de armazenamento: responsável por mensurar as reações sob deformação referente ao comportamento elástico do material.
- Módulo de perda: responsável por mensurar as reações sob deformação referente ao comportamento viscoso do material.
À medida que um polímero termoplástico é aquecido, e submetido à deformações em uma faixa de temperatura, a elasticidade original é perdida, caracterizada graficamente por uma queda no módulo de armazenamento em função da temperatura.
Outra forma de se obter a Tg de um material através da técnica DMTA, é analisar o pico gerado no gráfico módulo de perda em função da temperatura.
A Afinko Soluções em Polímeros realiza os ensaios para determinar a Transição Vítrea (Tg). Caso tenha interesse em realizá-los, entre em contato conosco através do e-mail: contato@afinkopolimeros.com.br.
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