Como o Ensaio de Flamabilidade pode salvar vidas?

O episódio ocorrido na Fórmula 1 com o piloto Romain Grosjean chocou o mundo. Principalmente após o piloto deixar o carro em chamas, andando e sem ferimentos graves. Você sabe como isso é possível?

A Fórmula 1 é um esporte que possui muitos riscos à vida de todos aqueles que estão no autódromo, do piloto ao expectador, além daqueles que auxiliam na sinalização, segurança e manutenção. Por isso, utiliza alta tecnologia em suas pistas, carros e uniformes,  com o intuito de proteger a todos. Neste texto vamos focar nos uniformes utilizados pelos pilotos, equipe dos boxes e pelo suporte de pista.

Uma das características mais importantes desse uniforme é a resistência ao fogo. E foi justamente esta propriedade que garantiu que Romain Grosjean pudesse sair praticamente ileso do acidente, mesmo com o carro ainda em chamas.

Como o ensaio de flamabilidade pode salvar vidas?

Figura: Imagem do piloto Romain Grosjean após acidente na Fórmula 1.

Por que a roupa de Romain Grosjean não pegou fogo?

O motivo está diretamente ligado ao tipo de material utilizado na fabricação dos uniformes de Fórmula 1. Estes produtos são constituídos de uma variação da Aramida, conhecida como Meta-Aramida. A Meta-Aramida é um polímero que apresenta estrutura similar à da Poliamida, porém com anéis aromáticos compondo a cadeia principal, tornando o polímero mais rígido e durável.

Somado a isso, a Meta-Aramida possui uma excelente resistência química, térmica e à radiação, além de serem leves e excelentes isolantes elétricos. Quando estes polímeros são expostos ao calor, uma reação especial ocorre, permitindo que mais energia seja capturada no tecido, o que fornece uma grande proteção contra o calor.

O ensaio de flamabilidade é essencial para que estes materiais tenham suas propriedades aferidas, bem como para garantir o controle de qualidade destes produtos. Você sabe como este ensaio é realizado?

Como é realizado o Ensaio de Flamabilidade?

O Ensaio de Flamabilidade é baseado no contato ou aproximação de uma amostra de material polimérico à uma chama, permitindo assim a análise de seu comportamento.

Dependendo da finalidade do produto polimérico, a realização dessa análise é fundamental e seu resultado é determinante para a prevenção de acidentes causados por incêndios. Isso se deve pelo fato de que cada polímero reage de uma forma diferente quando é exposto à chama.

Uma das características que podem ser verificadas no Ensaio de Flamabilidade é a capacidade de autoextinção das chamas. Um polímero pode ser classificado, seguindo os critérios de normas técnicas como a UL94, como autoextinguível, quando existe a aplicação de uma chama por um tempo determinado e após a remoção da fonte de ignição a chama no polímero se extingue de forma espontânea. Este é o caso do material utilizado nos uniformes da Fórmula 1.

Caso contrário, a propagação da chama é acompanhada de forma controlada podendo fornecer informações importantes como: velocidade de propagação da chama, tendência a espalhar o incêndio por gotejamento de frações de plástico fundido em chamas e geração e densidade da fumaça.

Diversos órgãos nacionais e internacionais fornecem normas para ensaios que determinam os parâmetros e etapas do Ensaio de Flamabilidade, como a ISO 3795 e a ASTM D635, utilizadas para determinar a taxa de queima das amostras, e a UL94 , que além da taxa de queima, permite a classificação do polímero em algumas categorias (5VA, 5VB, V-0, V-1, V-2 e HB).

A Afinko Soluções em Polímeros realiza o Ensaio de Flamabilidade. Caso tenha interesse em realizá-lo entre em contato através do e-mail: contato@afinkopolimeros.com.br

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Máscaras de não tecido (TNT): Quais as Normas e Polímeros envolvidos.

Os materiais não tecidos (TNT) para máscaras de cobrimento parcial do rosto mais indicados para esta aplicação são, o Polipropileno, Polietileno e Poliestireno.

A utilização de máscaras é essencial e, em muitos casos, obrigatórias em diferentes situações. Comumente pode ser observada em laboratórios, hospitais, construção civil, indústrias químicas, como medida para a proteção de vias respiratórias quanto a exposição a agentes físicos (poeira/partículas), químicos (gases, solventes) ou biológicos que podem desencadear algum tipo de doença, asfixia, alergia, etc. Atualmente, em virtude da pandemia do COVID -19, a utilização de máscaras protetivas tem sido recomendada e, em muitas regiões, obrigatória, com o intuito de proteger a população e minimizar a propagação do vírus.

Deve cobrir adequadamente toda área do nariz e da boca do profissional, possuir um clipe nasal, constituído de material maleável, que permita o adequado ajuste ao contorno do nariz e das bochechas.

Normas que regulamentam as máscaras de não tecido

Para a produção de máscaras faciais não profissionais pode ser utilizado Tecido Não Tecido (TNT) sintético, desde que o fabricante garanta que o tecido não causa alergia, e seja adequado para uso humano. Quanto a gramatura de tal tecido, recomenda-se gramatura de 20 – 40 g/m². É recomendável que o produto manufaturado tenha 3 camas: uma camada de tecido não impermeável na parte frontal, tecido respirável no meio e um tecido de algodão na parte em contato com a superfície do rosto.

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Segundo a ANVISA, através de seu portal, as máscaras para proteção de gotículas de uso profissional são classificadas como máscaras cirúrgicas. Devem ser utilizadas para evitar a contaminação da boca e nariz. Ela deve ser confeccionada de material não tecido (chamado de TNT), possuir no mínimo uma camada interna, uma camada externa e obrigatoriamente um elemento filtrante, sendo esses últimos, resistentes à penetração de fluidos transportados pelo ar.

As máscaras de TNT não podem ser lavadas, devem ser descartáveis após o uso.

Os tipos de filtração que as máscaras são avaliadas são descritas na norma ABNT NBR 13697 (Equipamento de proteção respiratória – Filtro para partículas), sendo eles:

 

  • Filtro eletrostático – Filtro para partículas no qual o mecanismo de captura preponderante deve-se às forças eletrostáticas.

 

  • Filtro mecânico – No qual o mecanismo de captura das partículas deve-se principalmente às forças de inércia, interceptação direta, movimento browniano, entre outros e no qual a ação eletrostática é muito pequena.

 

  • Filtro para partículas – Filtro destinado a reter aerodispersíveis.

 

Outros pontos importantes estão na norma ABNT NBR 13698 – (Equipamento de proteção respiratória — Peça semifacial filtrante para partículas). Nela, são especificados os testes para liberação das máscaras que cobrem parcialmente o rosto (PFF), ao uso. Sendo os testes:

  • Resistência à vibração – Após submetidas ao condicionamento de vibração, as PFF não podem apresentar defeitos mecânicos e devem satisfazer os requisitos de penetração através do filtro, vazamento e tração da válvula de exalação. Este condicionamento simula situações de transporte e manuseio.

 

  • Resistência à temperatura – Após o condicionamento térmico, as PFF não podem colapsar, apresentar sinais de danos que comprometam seu desempenho, como rasgos e deformações, e devem satisfazer os requisitos de inflamabilidade, resistência à respiração, penetração através do filtro, vazamento e tração da válvula de exalação.

 

  • Simulação de uso – Após submetida ao condicionamento de simulação de uso, as PFF não podem apresentar sinais de danos mecânicos na peça facial ou nos tirantes que comprometam seu desempenho, como rasgos e deformações, e devem satisfazer os requisitos de resistência à respiração e de penetração através do filtro.

 

  • Resistência à respiração – A resistência à respiração imposta pelas PFF, com válvula ou sem válvula, deve ser a mais baixa possível. O ensaio de resistência à respiração deve ser realizado em amostras como recebidas e submetidas aos condicionamentos térmico e de simulação de uso.

 

  • Penetração através do filtro – O ensaio de penetração através do filtro deve ser realizado com o aerossol de cloreto de sódio. Se a PFF for indicada também para a remoção de partículas oleosas, deve ser realizado o ensaio de penetração com óleo de parafina ou dioctil ftalato (DOP). Outros tipos de aerossóis oleosos podem ser usados, desde que uma correlação seja estabelecida.

 

Polímeros presentes nas máscaras de não tecido

Falando mais sobre os materiais que são mais indicados para estas máscaras, o Polietileno, o Polipropileno e o poliestireno são três Polímeros Termoplásticos bastante utilizados em diversas áreas de produção no mundo.

O Polietileno (PE) é uma resina termoplástica parcialmente cristalina e flexível, obtida através da polimerização do etileno. Seus diversos tipos (PEBD, PEAD, PEBDL, entre outros) formam uma gama de propriedades bastante interessantes para o uso como máscaras de proteção. Como por exemplo, a facilidade de Sintetização pela abundância do Etileno, baixo custo, a sua fácil processabilidade, Pertence à tabela de polímeros recicláveis (identificação 02 para PEBD e 04 para PEAD), excepcional resistência Química.

máscaras de TNT

A Tabela abaixo mostra as principais características físicas dos dois principais tipos de PE e o seu Mero.

 

Suas principais aplicações que estão no nosso cotidiano são na área de embalagens flexíveis, frascos, filmes para uso geral, lonas, sacolas, brinquedos, assentos sanitários, contráteis, entre outras.

O Polipropileno (PP) também é uma resina termoplástica, sua vez, é produzida a partir da polimerização do gás propileno ou propeno e se diferencia estruturalmente do Polietileno por ter ramificações em sua cadeia. Dentre as suas propriedades mais importantes para o uso como máscaras estão, a fácil sintetização e processabilidade, baixo custo, boa estabilidade térmica, Pertence à tabela de polímeros recicláveis (numeração 05).

máscaras de TNT

A tabela abaixo mostra as principais características físicas do PP homopolímero e o seu Mero.

 

Entre suas aplicações estão embalagens flexíveis, cadeiras, copos plásticos, Seringas, Tupperware, brinquedos, entre outras.

Por fim, o Poliestireno (PS) é também uma resina termoplástica, mas polimerizada através do estireno (vinil benzeno), se difere dos anteriores por possuir grupos fenila em sua cadeia. Ele pode ser utilizado como PS comum, de alto impacto ou isopor. Das suas propriedades mais importantes para o uso como máscaras estão o baixo custo, fácil processabilidade, Pertence à tabela de polímeros recicláveis (numeração 06).

máscaras de TNT

 

A tabela abaixo mostra as principais características físicas do PP homopolímero e o seu Mero.

 

Das suas principais aplicações podemos destacar, Copos descartáveis, utensílios domésticos rígidos, escovas, corpo de caneta esferográfica, réguas, entre outras.

Importante destacar, que todos esses três polímeros possuem baixíssima condutividade elétrica (~10-14 S/m) o que faz com que eles sejam bastante isolantes e consequentemente acabem acumulando cargas e atraindo partículas, para contornar isso, eles são aditivados com antiestáticos, o que resolve facilmente este problema.

 

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Nós recomendamos:

BRASIL. Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Nota Técnica n. 4/2020. Orientações para serviços de saúde. Brasília, 30 jan. 2020. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/Nota+T%C3%A9cnica+n+04-2020+GVIMS-GGTES-ANVISAATUALIZADA/ab598660-3de4-4f14-8e6f-b9341c196b28>.

Anvisa – ORIENTAÇÕES GERAIS – Máscaras faciais de uso não profissional. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/219201/4340788/NT+M%C3%A1scaras.pdf/bf430184-8550-42cb-a975-1d5e1c5a10f7.

ABNT NBR 13697: Equipamento de proteção respiratória – Filtros para partículas.

ABNT NBR 13698: Equipamento de proteção respiratória – Peça semifacial filtrante para partículas.

Portal Mais polímeros. Acessado em: <http://www.maispolimeros.com.br/>.

 

Quais polímeros compõe as máscaras de proteção facial?

O uso de máscaras para prevenir a propagação de vírus está se tornando cada vez mais necessário frente a pandemia gerada pelo novo coronavírus. Estes produtos são de extrema importância, bem como os materiais que o compõe.

Neste contexto de pandemia, um tipo de máscara comercializada é o protetor facial. Este produto é uma máscara tipo Face Shield, que têm a função de proteger o rosto do usuário de um possível impacto causado partículas sólidas e de respingos de gotículas.

máscara face shield

Máscara de proteção facial tipo Face Shield.

A RDC nº 356/2020, em seu artigo 6º determina que os protetores faciais Face Shield devem seguir os parâmetros da norma ABNT NBR ISO 13688:2017 e que devem ser produtos livres de saliência, de extremidades pontiagudas ou qualquer característica que possa provocar acidentes ou causar desconforto ao usuário. Em adição, exige-se principalmente que o produto seja fabricado em material transparente e apresente dimensões mínimas de espessura 0,5mm, largura 240 mm e altura 240mm.

Os protetores faciais apresentam vantagens em relação às máscaras convencionais uma vez que, além de proteger todo o rosto do usuário, incluindo os olhos, eles inviabilizam o contato das mãos com regiões do rosto consideradas grandes vias de contaminação, como a boca, o nariz e os olhos. Seu suporte de encaixe é confortável e se localiza na região da testa, assim a viseira não entra em contato direto com o rosto, facilitando a respiração. Além disso, por conta da transparência da viseira, a comunicação entre usuários e pessoas com deficiência auditiva é facilitado pela visibilidade da boca.

É um produto de fácil manufatura, permitindo que seja feito por pessoas comuns a baixo custo, com materiais facilmente encontrados no mercado. São fáceis de desinfectar, lavar e reutilizar.

Quais materiais são utilizados na fabricação das máscaras?

Os principais materiais utilizados para a fabricação dos protetores faciais são filmes de acetato, PETG (copolímero formado a partir do PET (Polietileno Tereftalato) e glicol), policarbonato, acrílico (polimetacrilato de metila ou PMMA) entre outros.

Acetato de celulose

Os filmes de acetato de celulose são formados por um polímero natural de grande biodegradabilidade e termoplasticidade, sendo fabricado através da substituição dos grupos hidroxila presentes na estrutura da glicose por grupos acetila. A temperatura de transição vítrea (Tg) do acetato de celulose varia em torno de 170ºC e sua densidade está em torno de 1,27 a 1.34 g/cm3.

Estrutura do acetato de celulose.

O acetato de celulose é um polímero capaz de formar filmes transparentes com baixo custo, sendo um dos principais materiais usados no mercado. Assim estes filmes são muito utilizados em processos de separação de membrana, como hemodiálise, membranas para a fabricação de objetos de plástico, papel e papelão, filmes finos para cinema e fotografia, desenvolvimento de dispositivos eletrônicos, entre outros. São materiais que apresentam grande flexibilidade, dureza e resistência atração, além da impermeabilidade com a água.

PETG

O PETG é a resultado da copolimerização do PET tornando-o glicolizado. Agrega-se ciclohexano dimetanol no etilenoglicol para que o processo de cristalização seja freado e se consiga um produto mais translúcido e além de diminuir o ponto de fusão. A Tg deste material se encontra no entorno de 80ºC e sua densidade está no entrono de 1,38 g/cm3. Por conta de sua estabilidade térmica, este material é favorável nos processos de termoformagem e extrusão, sendo um ótimo material na indústria de impressão 3D.

 

Estrutura química do PET.

O PETG é um material que apresenta alta transparência, é livre de odores e é atóxico, características fundamentais visto que o material fica a uma proximidade muito grande às vias respiratórias e aos olhos do usuário. Além disso, se adaptam à pele, de modo a diminuir os riscos de alergias e contaminações.

Mecanicamente, é resistente, apresentando absorção de impacto e flexibilidade, o que aumenta sua vida útil. Em comparação com policarbonato utilizado para a mesma aplicação, o PETG tem menor custo, apresentando resistência ao impacto equivalente ao policarbonato, o que o torna mais vantajoso. Ele reage com o álcool, não ocorrendo degradação da máscara e facilitando o processo de higienização para futura reutilização.

Policarbonato

O policarbonato é polímero resultante da reação de bisfenol A com gás fosgênio. É um poliéster muito utilizado na construção civil em substituição do vidro por apresentar transparência e alta resistência ao impacto. É um polímero rígido e amorfo devido ao grupo benzênico presente em estrutura química. Os grupos laterais polares presentes numa cadeia regular e linear permitem que este material tenha uma Tg de 145ºC. A densidade do policarbonato está entre 1.20 e 1.52 g/cm3. Por conta disso, é um material com boas propriedades térmicas e estabilidade dimensional.

Estrutura química do policarbonato.

As principais características do policarbonato são sua excelente resistência ao impacto, baixa absorção de umidade, boa resistência a chamas e a diversos agente químicos, resistência a raios ultravioleta, é um material de fácil usinagem, injeção e moldagem. Também é um material atóxico e de alta durabilidade. Assim, o policarbonato é muito utilizado em projetos residenciais, comerciais, industriais principalmente como coberturas de galpões, estufas, estabelecimentos em geral.

Em relação aos demais materiais usados na confecção de máscaras, o policarbonato é mais caro, o que o torna menos acessível para os usuários comuns, de modo que se procura optar pelos filmes de acetato e PET, facilmente encontrados no comércio, para a fabricação caseira destes produtos.

Acrílico

Por fim, o acrílico também é um material bastante usado para a produção de máscaras. Este polímero é conhecido como polimetilmetacrilato e é considerado um polímero de adição. Sua temperatura de transição vítrea é de 105 ºC e sua densidade é de 1,19 g/cm3.

Estrutura química do acrílico.

O acrílico é processado por extrusão e injeção e é comercializado principalmente como chapas, em aplicações da construção como substituto do vidro em painéis estruturais, na indústria automotiva em faróis de carro, no comercio residencial como pisos translúcidos e globos para lâmpadas.

É um material de grande qualidade no mercado sendo mais barato que o PETG e apresentando algumas vantagens em relação a ele como maior rigidez, transparência e brilho superficial. Assim como os demais materiais, o acrílico possui boa resistência ao impacto, resistência aos raios ultravioleta, boa durabilidade, flexibilidade, atóxico e não reage com alimentos. No entanto, apesar de semelhante, os demais materiais apresentam respostas mais eficientes na atuação como máscaras do que o acrílico.

Um aspecto importante sobre estes materiais é a sua facilidade para reciclagem, pois são termoplásticos. Isso porque a reciclagem dos termofixos é feita por meios químicos a custos muito altos. Assim, estes ser reutilizados e reciclados, o que torna esta opção de produto mais amigável ao meio ambiente.

 

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Nós Recomendamos:                    

ANSI/ISEA Z87.1-2015 “American National Standard for Occupational and Educational Eye and Face Protection Devices”.

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO Página: 5 Órgão: Ministério da Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Publicado em: 23/03/2020 | Edição: 56-C | Seção: 1 – Extra.

Brueck, H. Face shields may be better than homemade masks. Here’s why we should all try one on. Maio de 2020, Nova Iorque.

Carvalho, D. M. et al. Filme ativo de acetato de celulose incorporado com nanosuspensão de curcumina. Polímeros, 27(número especial), 70-76, 2017.

Bonzanini, R. et al. PREPARAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE COMPÓSITOS ACETATO DE CELULOSE/ARGILA. Instituto de Química da UNICAMP.

Cerqueira, D.A. et al. Caracterização de Acetato de Celulose Obtido a partir do Bagaço de Cana-de-Açúcar por 1 H-RMN. Polímeros, vol. 20, nº 2, p. 85-91, 2010.

Acetato de celulose: estrutura química, propriedades e usos. Disponível em: https://maestrovirtuale.com/acetato-de-celulose-estrutura-quimica-propriedades-e-usos/

O que é PETG? Filament2print. Disponível em: https://filament2print.com/pt/blog/49_petg.html.

Portela, S. Filamento PETG e a impressão de máscaras para combater o corona vírus. 3DLAB, Soluções em impressão 3D,2020.

Filmes e Bobinas Plásticas. Plastfoam. Disponível em http://www.plastfoam.com.br/filmesplasticos.html.

Roda, D.T. Policarbonato Disponível em: https://www.tudosobreplasticos.com/materiais/policarbonato.asp.

Policarbonato. Portal São Francisco. Disponível em: https://www.portalsaofrancisco.com.br/meio-ambiente/policarbonato

Reis. M. C. Curso de Acrílico. Disponível em : https://pt.slideshare.net/CenneBrasil/curso-de-acrlicos.

Características do acrílico. Belmetal. Disponível em: https://www.aecweb.com.br/cls/catalogos/belmetal/chapas-acrilico.pdf

 

Quais cuidados devem ser tomados ao limpar a superfície de peças poliméricas com álcool?

A limpeza de superfícies com álcool faz parte de um hábito muito comum e de extrema importância para a higiene e principalmente em relação à saúde. Porém você sabia que alguns materiais são solúveis nesse tipo de composto orgânico e podem sofrer danos através dessa aplicação?

O hábito de aplicar produtos derivados de álcool, como por exemplo o próprio álcool gel, é bastante comum quando se fala sobre limpeza. Principalmente em momentos onde há riscos iminentes de contaminação, seja no trabalho ou em ambientes comuns.

O álcool é um muito importante quando tratamos da desinfecção não só de algumas partes do corpo, como as mãos, mas também de superfícies de objetos de uso pessoal ou comum. Esse composto orgânico apresenta propriedades microbicidas muito relevantes na prevenção de doenças e contaminações e, além disso, é de fácil acesso.

(Antes de continuar lendo, acesse o link e faça já o download do e-book gratuito sobre Identificação de plásticos e borrachas:https://afinkopolimeros.com.br/e-book-identificacao-de-materiais/)

Porém, é importante saber que alguns materiais poliméricos são vulneráveis ao contato com o álcool. Isso ocorre porque cada polímero apresenta certa susceptibilidade à determinados tipos de solventes químicos. Ou seja, cada polímero é solúvel em solventes específicos, e insolúvel em outros.

Mas como ocorre esse mecanismo?

Para responder essa pergunta, é importante ressaltar que apenas os polímeros classificados como termoplásticos podem ser solubilizados por algum tipo de composto químico. Logo, os polímeros termofixos e elastômeros (apenas os que possuem ligações cruzadas) não apresentam solubilidade quando em contato com solventes.

(Se você não sabe o que é um polímero termoplástico, nós já escrevemos um texto sobre isso:  https://afinkopolimeros.com.br/termoplasticos-e-termofixo-entenda/)

Os polímeros termoplásticos, têm suas cadeias poliméricas ligadas entre si através de ligações secundárias. Essas ligações secundárias são forças de atração que se manifestam através da aproximação das cadeias. Quando algum composto orgânico, quimicamente apto a solubilizar um polímero específico, entra em contato com a superfície do mesmo, tem a capacidade de vencer essas ligações secundárias, responsáveis por tornar um polímero sólido, e se posicionam entre as cadeias poliméricas.

Ou seja, o solvente de um polímero, é um composto capaz de fazer com que a interação polímero-polímero seja enfraquecida. Esse processo faz com que o polímero perca algumas propriedades, principalmente as mecânicas, já que com o enfraquecimento e extinção das forças secundárias entre as cadeias, o estado sólido do polímero pode ser comprometido, junto as suas propriedades e sustentação mecânica.

E quais materiais podem ser atacados pelo álcool?

Um dos polímeros de uso comum que pode ser afetado pelo contato com álcool é o Policarbonato. Como explicado anteriormente, o álcool (etanol) é um bom solvente para o Policarbonato e assim tem a capacidade de dissolvê-lo. A pureza do solvente utilizada influencia bastante na capacidade de dissolução, porém sua aplicação, mesmo em menores concentrações, como álcool 70%, por exemplo, pode causar danos superficiais e mesmo a drástica perda de propriedades e integridade estrutural.

O Policarbonato tem diversas aplicações, sendo um dos principais materiais utilizados, por exemplo, na produção de lentes oftálmicas. Ambos também são utilizados na forma de chapas, responsáveis por substituir, em alguns casos, o vidro, aplicado em coberturas, faróis automotivos, entre outros produtos.

Cuidados ao limpar polímeros com álcool

 

Quais ensaios podem contribuir para a prevenção do problema?

 Para se obter a dimensão de possíveis danos causados pela aplicação desse tipo desse tipo de produto químico sobre alguns materiais, pode-se realizar um ensaio de resistência química, onde se avalia a estabilidade do material em relação a um possível ataque químico.

Outro ensaio que pode ser realizado é a análise de resistência mecânica após imersão. Nesse caso avalia-se o comportamento mecânico do material em questão após uma exposição do mesmo a um possível ataque químico.

Em alguns casos, dependendo qual o material em questão o ensaio de stress cracking também pode ser aplicado para a análise do comportamento e a identificação de possíveis falhas.

A Afinko Soluções em Polímeros realiza todos esses ensaios. Se você tem interesse em realizar alguns desses ensaios, entre em contato pelo e-mail: contato@afinkopolimeros.com.br

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PVC e ftalatos podem se tornar prejudicial à saúde. Entenda a relação!

O PVC pode se tornar prejudicial à saúde quando plastificantes do tipo ftalatos são utilizados na composição do produto.

O PVC (policloreto de vinila) é o segundo polímero comercial mais consumido em todo mundo. As resinas desse material estão presentes em aplicações de diversos segmentos domésticos e industriais. Ele pode ser encontrado na construção civil, onde é mais popular, mas está presente também em diversas outras áreas, como o setor de embalagens, agrícola e calçadista.

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O maior diferencial desse polímero em relação aos demais termoplásticos é a sua versatilidade em relação a diversas propriedades que podem ser alcançada. Essa atribuição vem da capacidade das resinas de PVC poderem ser incorporadas a uma larga gama de aditivos que, por sua vez, são responsáveis por atribuir diferentes propriedades, de acordo com a estrutura química desses componentes, bem como o teor adicionado ao polímero puro. Dessa forma torna-se possível a produção de produtos para vários setores industriais, atendendo diversas propriedades de aplicação.

 

Tubos PVC

Exemplos de produto feito de PVC.

Qual a relação entre PVC e plastificante?

Entre os principais aditivos que são incorporados às resinas de PVC, responsáveis pela grande gama de propriedades que podemos alcançar com esse polímero (estabilizantes, cargas e lubrificantes), os plastificantes tem um papel muito importante na comercialização desse termoplástico, afinal é o aditivo que pode levar o PVC de uma resina rígida até um material com alto grau de flexibilidade.

Nós já escrevemos um texto sobre plastificantes, acesse o texto no blog através do link: https://afinkopolimeros.com.br/plastificante-a-magica-da-industria/

Entre uma grande variedade de plastificantes incorporados às resinas de PVC na indústria, o ftalatos são conhecidos por serem os plastificantes mais utilizados para esse tipo de polímero. Esses produtos são compostos orgânicos conhecidos por terem uma baixa massa molecular, que quando aplicado em altos teores são capazes de tornar produtos produzidos com PVC extremamente flexíveis, o que é muito importante para algumas aplicações que necessitam desse tipo de propriedade.

Mas qual a relação disso com a saúde?

Uma questão muito importante em relação ao uso de ftalatos incorporados a materiais é que esse tipo de composto orgânico é conhecido por ser responsável por causar diversos problemas de saúde. Esses problemas podem ocorrer quando esses materiais se desprendem da estrutura e são liberados no ar, podendo ser ingeridos ou inalados. Já foi comprovado a influência desse componente em quadros de saúde que envolvem problemas no fígado, rins, bem como problemas no pulmão e até mesmo câncer.

Portanto, a identificação desses compostos em produtos compostos por resina de PVC tornou-se de extrema importância ao se tratar de saúde. De acordo com isso, em 2007 o Inmetro publicou a portaria 369. Este documento específica o teor aceitável de alguns ftalatos (0,1% em relação à massa do produto) quando estes serão aplicados a brinquedos destinados a criança com menos de 3 anos. Desta forma, fica garantido que crianças não tenham contato com a substância que pode causar danos diversos à saúde.

Qual tipo de ensaio é capaz de determinar o teor de ftalatos?

Para se determinar o teor de ftalatos em produtos desenvolvidos com resina de PVC pode-se utilizar o ensaio de Cromatografia Gasosa com Espectrofotômetro de Massas (GC-MS). Essa técnica é responsável por separar compostos químicos através de uma coluna de gás e identificá-los eletronicamente.

Aqui no nosso blog há uma matéria sobre o ensaio de cromatografia.
Acesse agora e saiba mais: https://afinkopolimeros.com.br/3-tecnicas-de-cromatografia-mais-usadas/

A Afinko Soluções em Polímeros realiza o ensaio de cromatografia fase gasosa. Caso tenha interesse em realizar o ensaio, entre em contato conosco através do e-mail: contato@afinkopolímeros.com.br ou pelo telefone: (16) 3307-8362.

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6 anos de Afinko: Curiosidades e Alguns Números

Afinko completou 6 anos no dia 30 de abril deste ano!

Por este motivo, decidimos trazer para vocês alguns de nossos números e algumas curiosidades.

Porém, você sabia que temos turmas abertas para os cursos de CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA e pro curso de ANÁLISE DE FALHAS?

Não?

Inscreva-se agora! Não perca essa oportunidade!

Caracterização Mecânica: Tração, Flexão e Impacto – 04 de Julho.

Análise de Falhas em Peças Poliméricas – 30 e 31 de Outubro.

O logo foi inspirado nos valores da empresa

Estes valores são: Compromisso com a melhoria contínua da qualidade do atendimento e dos serviços, Transparência e ética, Respeito aos clientes e Precisão ao atender os prazos acordados.

Estes, por sua vez, foram traduzidos para palavras-chave como: Personalização, dinamismo, know-how, otimização e credibilidade.

Antes de continuar lendo, acesse o link e faça já o download do e-book gratuito sobre Identificação de plásticos e borrachas:https://afinkopolimeros.com.br/e-book-identificacao-de-materiais/

Com a ideia de se diferenciar dos concorrentes e se adequar ao perfil dos sócios, optou-se por uma linguagem mais jovem e moderna. Através do uso de elementos geométricos e uma cor única, o resultado transmite o profissionalismo e inovação que Afinko propõe. As distâncias e os alinhamentos proporcionam uma sensação visual de equilíbrio, harmonia e estabilidade. O hexágono representa as estruturas moleculares e ele estar para fora do quadrado representa o pensamento ‘fora da caixa’.

Somado a todos esses elementos há ainda a tipografia. O formato das letras corrobora na impressão dos conceitos e valores defendidos pela Afinko. A letra utilizada para escrever “Afinko” transmite força e singularidade a partir de seus elementos geométricos, dinâmicos e marcantes. Já para “Soluções em Polímeros”, foi utilizada uma letra que combina com a primeira e ainda transmite credibilidade.

Foto: Prédio da Afinko em São Carlos - SP.

Foto: Prédio da Afinko em São Carlos – SP.

Como a Afinko está hoje

Até nosso último registro, já realizamos mais de 2.000 trabalhos e já atendemos mais de 400 clientes.

Em nosso portfólio contamos com mais de 57 ensaios, processamento de materiais via extrusão e moldagem por injeção, e usinagem de corpos de prova. Além dos cursos que oferecemos tanto para turmas abertas quanto In Company.

Ainda em 2018 recebemos a certificação de ser um laboratório acreditado pela Cgcre (Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro), de acordo com a norma ISO/IEC 17025.
Consulte nosso escopo: http://www.inmetro.gov.br/laboratorios/rble/docs/CRL1360.pdf

 

Gostaríamos, através deste singelo texto, agradecer a todos os nossos clientes.
Agradecemos pela confiança e parceria. Que neste mais um ano de Afinko, nós consigamos atende-los ainda melhor.

 

Caso você ainda não seja um cliente, entre em contato conosco: https://afinkopolimeros.com.br/contato

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