Como Evitar a Contração Pós-Moldagem
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Contração pós-moldagem é um processo natural dos polímeros.
Todo produto compostos por materiais poliméricos sofre contração, principalmente através algum processamento ao qual tenha sido submetido. Isso é um processo natural devido a termodinâmica relacionada estrutura de suas moléculas. Em geral, materiais que possuem maior cristalinidade possuem maior contração após a moldagem. O contrário também é valido, quando materiais amorfos apresentam uma contração menor após processados.
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Por que a contração acontece?
Como mencionado acima, a estrutura cristalina do material é uma das grandes responsáveis pela contração. A diferença entre cristalinos e amorfos é devido ao fato de que no resfriamento a estrutura molecular dos materiais semicristalinos se ordena formando a fase cristalina, sendo essa uma região mais ‘empacotada’ que as demais. Sendo essa fase possui mais empacotada e mais densa que a fase amorfa do polímero. Porém, os polímeros não cristalinos mantêm a estrutura amorfa mesmo a temperaturas muito baixas. Devido a este fato resulta em uma contração geral muito menor nos materiais amorfos, quando comparado aos semicristalinos, e consequentemente diminuição do volume específico.
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Quais são as possíveis soluções?
Existem diversos motivos pelo qual a contração pode acontecer durante o processamento por injeção, por exemplo. Aqui vamos listar alguns deles e suas possíveis soluções.
Um dos principais motivos, relacionados a processamento, que podem ocasionar uma contração indesejada no produto final é a temperatura. Muitas vezes a temperatura do canhão e/ou do molde estão maiores do que os valores adequados. Com isso, pode ser conveniente para o processo tentar diminuir essas temperaturas para reduzir a contração, sem que isso ocasione algum outro problema de processamento. Além disso, o tempo de resfriamento do material dentro do molde não pode ser tão longo.
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Outro motivo é a pressão de injeção e de recalque. No caso, caso esteja acontecendo uma grande contração, é interessante aumentar essas pressões para injetar mais material para compensar na hora da injeção.
Por fim e não menos importante, a escolha do material. Como dito no começo deste texto, diferentes materiais possuem diferentes contrações pós-moldagem. Com isso, deve-se analisar se o material utilizado realmente é o ideal para o molde ou condições de processamento que estão sendo aplicadas. No caso da contração, uma sugestão seria o uso de material com maior índice de fluidez.
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Tabela
Abaixo segue uma tabela com alguns materiais e valores aproximados de contração pós-moldagem.
Material | Sigla | Contração % |
Polietileno de baixa densidade | PEBD | 1,5 — 2,0 |
Polietileno de alta densidade | PEAD | 1,5 — 2,0 |
Polipropileno Homopolimero | PP-homo | 1,2 — 2,2 |
Polipropileno Copolímero | PP-copo | 1,2 — 2,2 |
Poliestireno Cristal | PSC | 0,3 — 0,6 |
Poliestireno de Alto Impacto | PSAI/HIPS | 0,4 — 0,7 |
Copolímero de Acrilonitrila Butadieno e Estireno | ABS | 0,4 — 0,7 |
Copolímero de Acrilonitrila e Estireno | SAN | 0,4 — 0,7 |
Poli (Cloreto de Vinila) Flexível | PVCf | 1,0 — 2,0 |
Poli (Cloreto de Vinila) Rígido | PVCr | 1,0 — 2,0 |
Poli (Óxido de Metileno) ou Poliacetal | POM | 1.9 — 2,3 |
Policarbonato | PC | 0,5 — 0,7 |
Poli (Tereftalato de Etileno) | PET | 1,2 — 2.0 |
Poli (Tereftalato de Butileno) | PBT | 0,3 — 1,2 |
Poliamida 6 | PA 6 | 0,5 — 2,2 |
Poliamida 6.6 | PA 6.6 | 1,0 — 2,5 |
Poliamida 11 | PA 11 | 1,8 — 2,5 |
Poliamida 12 | PA 12 | — |
Poliamida 610 | PA610 | 1,2 — 1,8 |
Poliamida c/ 30% fibra de vidro | — | 0,3 — 0,6 |
Tabela retirada de Moldes Injeção Plásticos.